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Serial killer confessa ter matado 41 pessoas no RJ; quando eu não fazia, eu ficava nervoso

Por Reginaldo Spínola
Um homem que foi preso em
flagrante após matar uma mulher a facadas em Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense, confessou à polícia ser um assassino em série. Durante o
depoimento, Sailson José das Graças, de 26 anos, disse já ter matado outras 41
pessoas nos últimos nove anos, sendo 37 mulheres, três homens e uma criança.
Com frieza, ele contou como planejava os crimes.
“Ficava observando a vítima,
estudando. Esperava um mês, às vezes uma semana, dependendo do local. Eu procurava
saber onde ela mora, como é a família dela, se ela passava na rua, via, dava
uma olhada na casa, ficava estudando ela. De madrugada, numa brecha da casa,
numa facilidade, eu aproveitava, entrava”, detalhou o preso na delegacia.

As vítimas preferidas dele eram
mulheres brancas e moradoras Baixada Fluminense. “A vontade dele de matar, era
por mulheres brancas. Ele seguia a vítima, estudava passo a passo até conseguir
concretizar o delito”, explicou o delegado da Divisão de Homicídios da Baixada
Fluminense (DHBF).
O criminoso contou ainda que
ficava mais tranquilo ao praticar os crimes. “Quando eu não fazia, eu ficava
nervoso, andava pra lá e pra cá dentro de casa. Aí quando eu fazia já ficava
mais tranquilo. Fazia uma vítima ali, aí podia ficar uns dois meses sem fazer,
uns três meses. Ficava na boa, só pensando naquela que eu matei. Aí, saía para
a caçada”, afirmou.
O homem também revelou o que
fazia para não ser identificado e afirmou que não tinha medo de ser preso, pois
gostava de cometer os crimes.
“Eu não matava com preocupação de
ir pra cadeia não. Fazia as coisas bem feito, é por gostar mesmo isso.
Preocupava mais com a digital, se o local tem câmera, se o local não tem
câmera. Eu não levava documento, não levava nada que desse pista para a
polícia”, disse.
Durante o depoimento, ele ainda
confessou a morte de uma criança de dois anos e disse que cometeu o crime
porque tinha medo que os vizinhos ouvissem o choro dela depois que a mãe foi
assassinada. Sailson falou aos policiais que começou a cometer crimes ainda na
adolescência.
“Comecei a roubar coisas
pequenas, fazer pequenos furtos. Aí fui crescendo e tendo outros pensamentos
diferentes. O pensamento foi mudando, entendeu? De roubar, fui começando a
pensar em matar. Com 15 anos, roubava bolsa. Depois, com 17, eu matei a
primeira pessoa. Deu aquela adrenalina, a primeira mulher. Aí veio na mente a
cadeia. Será que eu vou preso? As coisas fluíram bem. Aí foi vindo na mente de
fazer mais e mais. E eu gostei e comecei a acostumar”, disse ele, friamente.
O delegado Pedro Henrique Medina
ficou surpreso com o relato do criminoso e afirmou que a riqueza de detalhes do
depoimento indica a participação dele nas mortes.
Os assassinatos foram cometidos
ao longo de nove anos. Durante o depoimento, ele também disse que mata por
encomenda, a pedido de uma mulher e do ex-marido dela, que também foram presos
pela polícia. Após diligências, os agentes localizaram e prenderam Cleusa
Balbina, José Messias e Sailson Jose das Graças, que apresentaram informações
contraditórias. Sailson contou que os crimes encomendados era praticados com
faca, mas quando matava por conta própria ele estrangulava as vítimas.
Com muita frieza, ele também
revelou não ter arrependimentos. “Não me arrependo não. Pra mim o que fez, tá
feito. E não volto atrás, não tenho nenhum arrependimento. Se eu sair daqui a
uns 10, 15 ou 20 anos, eu vou voltar a fazer a mesma coisa. É a vontade mesmo,
não tem jeito. Eu saio, escolho as minhas ‘mulher’, as mulheres do meu perfil,
e se achar que tem que ser, vai ser”, afirmou o assassino.
A polícia agora conta com a
colaboração dos parentes das vítimas que foram assassinadas ao longo desses
nove anos para obter informações que colaborem com as investigações. Ele passou
a noite na Divisão de Homicídios e deve ser levado, na manhã de hoje,
quinta-feira (11), para um presídio no Rio de Janeiro.
G1

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